A destruição de Nínive e o cumprimento da profecia de Naum.

Ruínas da entrada de Nínive

Graça a vós e paz da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a Ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém. (Apocalipse 1:4-6)

A grande Nínive, capital da Assíria, havia experimentado do perdão e da misericórdia de Deus quando o profeta Jonas pregou sua destruição e o povo se arrependeu de seus maus caminhos, jejuou, se vestiu de saco, fazendo com que Deus os perdoasse, poupando a cidade.

Essa história é bastante conhecida. Todos conhecem perfeitamente a história de Jonas, o profeta que tentou fugir de Deus, acabou sendo tragado por um grande peixe e pregou em Nínive, levando o povo ao arrependimento.

Porém, passou-se cerca de um século e Nínive novamente fazia o que era mau aos olhos de Deus. E então Deus resolveu proclamar novamente juízo contra a cidade ensanguentada e larápia. (Naum 3:1) O limite da tolerância divina havia chegado ao fim e a destruição de Nínive dessa vez era irreversível.
O Senhor levantou Naum com uma palavra de juízo contra a cidade e a pesada profecia sobre a destruição da capital dos assírios cumpriu-se de forma integral.

Deserto onde um dia foi a Grande Nínive

Vejamos então o relato da destruição da cidade de Nínive.

Por volta de 612 a.C., os caldeus e os medos invadiram Nínive e destruíram a cidade. Essa invasão inimiga deu-se por intermédio de uma abertura nos muros da cidade assíria provocado pela inundação do rio Kusur e de outros canais que levavam águas das colinas para a cidade. Havia um "dito popular" em Nínive que a destruição da cidade viria quando as águas invadissem a cidade; e foi o que aconteceu.

Conta-se que o rei da Assíria, que já estava um tanto ébrio, ao ver a inundação, parte dos muros destruídos e os inimigos avançando contra a cidade, subiu até a torre do palácio real e ateou fogo nos seus eunucos, nas suas concubinas, em si próprio e, consequentemente, no palácio.

Enquanto isso, os inimigos perseguiram os moradores de Nínive e os mataram a espada. E assim a grande Nínive foi tomada e destruída, ficando "desaparecida" e desértica por vários anos; suas ruínas arqueológicas só foram encontradas em meados do século 19 d.C.

Ruínas arqueológicas de Nínive

Veja agora alguns trechos da profecia de Naum (e uma de Sofonias) e compare com o relato acima.

"Porque ainda que eles se entrelacem como os espinhos, e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca." (Naum 1:10)

"E com uma inundação transbordante acabará de uma vez com o seu lugar; e as trevas perseguirão os seus inimigos." (Naum 1:8)

"As portas dos rios abrem-se, e o palácio está em confusão." (Naum 2:6)

"O fogo ali te consumirá, a espada te exterminará..." (Naum 3:15a)

"Tu também serás embriagada, e te esconderás..." (Naum 3:11a)

"... e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto." (Sofonias 2:13b)

Deserto onde um dia foi a Grande Nínive, capital da Assíria

Mediante a tudo isso, concluímos que embora Deus seja misericordioso e tolerante com nossos reincidentes erros, essa tolerância tem um limite e chega um momento que Ele precisa dar um basta, pois é um Deus SANTO, SANTO, SANTO e exige santidade. É preciso estarmos precavidos e cautelosos quanto a alguns "pecadinhos de estimação" que já temos por hábito cometermos.
Lembremo-nos que Deus sonda nossos corações, conhece nossas intenções e esquadrinha nossos pensamentos.

Vemos também que Deus jamais deixa de cumprir Sua Palavra. Tudo aquilo que Ele promete e diz, Ele cumpre. Em Marcos 13:31, Jesus nos diz: "Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão."

Em Cristo, que, embora misericordioso, é santo e não tolera o pecado