O quanto eu aguentaria?
Por ELIEZER BOMFIM
“Então aproximando-se a esposa de Jó admoestou-lhe: “Deixe de ser
teimoso em sua lealdade homem! Isso não vai resolver nada, amaldiçoa logo a
Deus e morre!”” - Jó 2:9
A paz do Senhor, queridos!
Primeiramente, agradeço a Deus pela oportunidade ímpar de fazer parte
da equipe do blog. Mas outra hora falo disto, o assunto de hoje é outro ;)
A história de Jó me chama muito a atenção, principalmente quando leio e
releio alguns versículos que considero chaves no livro. Em alguns deles, por
exemplo, o próprio Deus refere-se a Jó, ao dialogar com Satanás, de forma
profundamente íntima, apontando características marcantes sobre o caráter e o
proceder do homem.
Entretanto, após o desenrolar dos trágicos acontecimentos da vida de Jó
e de sabermos pela Palavra que em nenhum momento ele pecou, observamos sua
esposa, através do versículo citado, tomando uma atitude extremamente avessa à
adotada pelo esposo, até então. E aí surge a seguinte treta: QUE MULHER LOUCA
ESSA QUE JÓ FOI ARRUMAR, HEIN?
Maluco, né? Pois é, mas eu convido vocês a pensarem agora no maior amor
da vida de vocês. Está valendo pai, mãe, avós, irmãos, namorado/a, papagaio,
periquito, cachorro e até urso de pelúcia :D
Agora, façamos a seguinte pergunta a nós mesmos: “Quanto tempo eu
aguentaria vendo esta pessoa (ou este ser, no caso do papagaio, do periquito,
do cachorro ou do urso de pelúcia) padecendo, com dores, chorando, ferido por
dentro e por fora, sem sequer reclamar?
Não estou falando que a mulher estava certa, mas fica fácil julgarmos
as decisões do outro sem estarmos vivendo na pele as mesmas dores. E vale
lembrar: A mulher também estava sofrendo, pois o que era do esposo também era
dela, ou seja, ela também perdeu tudo o que possuía; só não ficou doente
fisicamente.
E se observarmos a sequência, vemos o próprio Jó, ao repreendê-la,
dizendo que ela falava como louca e não que ela estava louca de fato.
”No entanto ele lhe afirmou: “Mulher! Tu falas como uma louca”.” - Jó
2:10a
Aquela mulher amava verdadeiramente a Jó e não aguentava mais tanto
sofrimento, nem ver seu marido naquela situação caótica e desesperadora. É
compreensível a atitude dela, se analisarmos emocionalmente e tentarmos nos
colocar, nem que por alguns instantes, na situação em que ela se encontrava.
E finalizando essa reflexão um tanto quanto longa, concluo: Deus
restituiu tudo o que Jó perdeu, certo? CERTO! E com isto, a esposa que não foi
perdida, seguiu sendo a mesma! Se ela realmente fosse uma pessoa má como muitos
falam por aí, penso que Deus a teria exterminado com todo o restante e daria
outra nova, como foi com os bens, os animais e os filhos. Mas Ele conhecia o
coração da mulher e também sabia do sofrimento dela.
Então, que possamos amar mais ao invés de criticar! E, se porventura
pensarmos que nosso irmão age mal diante das dificuldades que enfrenta, que
sejamos imitadores de Cristo e o ajudemos a enxergar a luz onde as trevas
insistem e fazer morada.
Que Deus abençoe a todos!
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LIVRE I
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